Denúncia contra Ítalo Henrique Bazon, grafiteiro de Recife acusado de agressão e violência machista

Abaixo compartilhamos um relato postado nas redes sociais e enviado por email contra o grafiteiro Ítalo Henrique Bazon:

Este ser, um grafiteiro conhecido em Recife por Bazon, dono da Most é o projeto de ARTISTA DE RUA FAJUTO, DE HOMEM FAJUTO, VIOLENTO, HOMOFÓBICO, MACHISTA, PRECONCEITUOSO, ANTIPROFISSIONAL, MENTIROSO.

Vários fatos ocorreram ao longo desse meio tempo que infelizmente convivi com este ser dentro da minha casa por ser ex namorado da minha irma. Porém dois últimos fatos foram o estopim pra eu decidi expor pra todo mundo a pessoa e má profissional que ele é.

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RESUMINDO:

O primeiro fato aconteceu no ultimo som na rural 30/08. Numa conversa com a sua ex (minha irmã) ele foi interrompido por um amigo meu e de minha irmã pra eles se cumprimentarem. Ele se sentiu chateado com a situação e fez cara feio também porque esse amigo é uma trans afeminada mesmo e estava com outra bixa empoderada igual a ela. O fato é que rolou essa estranheza por parte do macho violento. Rolou uma pequena discussão entre os dois e minha irmã, até que se separaram. Em outro momento em que ela estava conversando sobre o ocorrido com as duas bixa ele chegou, tocando-as (segundo o que soube pra desculpar). Mas o que aconteceu foi um ato nojento de agressão física. O mesmo, transtornado ameaçou de pega-las depois e que não iam escapar. Minha irmã, tentando contê-lo recebeu ameaças dele também enquanto ele segurava uma de suas mãos escondidas entre seus corpos. Nesse momento apertou muito forte seu dedo e disse que ia quebra-lo, raiva porque ela os defendeu de certa forma. Acreditei nela quando ela me contou toda a história, e foi corroborando também por ver as marcas dessa agressão de certa forma que ela recebeu dele. Pelo que soube, depois que ela foi embora ele ainda foi atrás das trans com outros amigos pra bater. É um absurdo como essas coisas também passam tão impunes aos nossos olhos. Fatos como esses já aconteceram várias vezes no som na rural, um espaço que deveria sim permear indignação e indagação por partes de todos os presentes no evento bem como do dono do próprio evento pra que isso não ocorresse mais. De forma direta e indireta “somos” todos responsáveis por isso, todos os que se fingem de cegos são também coniventes e responsáveis. As medidas referente a isso já estão sendo tomadas. Aguardem.

O outro fato aconteceu há duas semanas atrás e se estendeu até hoje de noite depois que tive o desprazer de ouvir as nojeiras que ele me disse por telefone. Encomendei 5 latas doadas por mim pra ele joga uma arte dele e me cobrar o preço dado. Uma dessas latas tinha um valor sentimental pra mim: guardava-a há 15 anos, era de minha vó e nela ela guardava suas lembranças e segredos de uma vida. Dei valor ao que ele faz profissionalmente sem misturar coisas que já haviam ocorrido antes. Principalmente quando estamos falando de arte. Confiei esse trabalho a ele há exatamente duas semanas porque gosto do que ele faz como artista de rua. Nessas duas semanas muita coisa aconteceu e tive problemas financeiros (quem não tem?) nos quais não tinha como pagar ainda. Avisei a ele sobre isso, contei pra ele aqui no sofá da minha casa. Sim, ele frequentava a minha casa muitas vezes (uma pena) e assim que contei o fato o mesmo deu a solução deu pagar depois quando desse, até porquê o trabalho ainda não estava terminado. Se ele terminasse e eu estivesse sem $ ele guardaria pra mim até eu ter, afinal, ele era meu ex cunhado e continuava frequentando a minha casa, nos encontrávamos em vários lugares públicos, logo não existia a possibilidade nem de longe deu dá um calote nele e se ele propôs isso é porque confiava em mim e eu nele. Nem tudo são flores. Era tudo mentira de sua parte. Calculado desde a ultima vez que ele veio em minha casa no dia do fato ocorrido no som na rural. Pulou o muro do prédio, sem camisa, bêbado, transtornado, querendo entrar em casa, de uma certa forma, à força pra fala com a minha irmã. Ficou aqui enchendo e fazendo confusão até de manhã. Cedo, antes de sai ele tentou grosseiramente se justificar cmg sobre as agressões e outros transtornos comportamentais que fez na noite passada. Depois de troca uma ideia curta com ele, o mesmo reforçou olhando nos meus olhos que nada disso iria afetar o trabalho que encomendei a ele e que o acordo tava de pé pq ele tinha palavra de homem. Mais uma vez tudo mentira. Confirmei isso quando descobri que pela raiva q ele teve por minha irmã defender as gays e por toda confusão, ele vendeu as latas já prontas a um casal de amigos do Rio. Vendeu a arte dele com a matéria prima minha que eu confiei a ele. Tentei contato calmamente com ele nesse meio tempo de uns 5 dias, só me ignorou. Não me deu explicação. Hoje, depois de tentar fala com ele o mesmo me atendeu. Conversa longa e de início quando perguntei sobre ele me ressarci (pq nao valia nem a pena dá um escracho e procurar saber pq ele foi fuleiro) ele disse: “e tu acreditou no que eu te disse sobre o acordo naquele ultimo dia que eu sai da tua casa, ótaria?” E não é pra gente confia numa pessoa não, quando ela dá sua palavra?. Daí pra frente foi um show de horror pelo telefone com ele dizendo coisas do tipo: “meu trabalho é foda as pessoas q vem atrás de mim, que arquem com isso”, “sou pixador, quero quebra tudo, bate em todos”, “não tenho amigos, não confio em ngm e ngm confia em mim, quem mandou confia?” , “o dono da empresa sou eu e pra mim o cliente é em ultimo lugar”, “fiz acordo com vc e também não fiz, vendi porque quis, se fudeu”, “vc não tem como prova o acordo, pra mim, decidi pensar que nada foi feito”, “eu tenho altos trabalhos de outras pessoas encalhados, resolvi vender tudo e o seu foi junto pq não confio em ngm e senti e acho q vc não ia me pagar, menti sobre o acordo”, “depois que vc me deu suas latas elas não lhe pertencem mais”, “otária, to pouco me lixando, pode fala mal de mim que eu quero q a minha fama seja de mal mermo pq eu sou da rua, sou maloqueiro e quero que todo mundo se foda”, “vc e sua irmã , seus amigos tudo ótario , quero que se foda”, “tô nem ai, sou antiprofissional mesmo e gosto de incomodar pra chama atenção de geral sim”. Nesse meio tempo vários risos e gritos e crises de estrelismo pelo telefone. Depois do show, quando ele desligou na minha cara, não deu 1 mim e ele bloqueou o face e sumiu do mapa. Ele sabe que eu vou até o fim com isso e ele foge desde o inicio pq já sabe o fim disso.

Hoje doeu, mas não me esmoreceu. Hoje fiquei com mais vontade e sem medo nenhum de ajuda a desconstruí a imagem de homens como esse. Hoje eu senti uma vontade imensa de expor essa controversa que a gente vê todo dia por ai: entre a arte e quem faz a arte. Pra mim, quem faz arte “boa”, mesmo sendo péssima pessoa, só por ter esse “poder” de fazê-la, paga um preço por isso; O preço de não se opor as injustiças sociais, a estas mazelas sociais que culmina numa exacerbada reprodução de comportamentos desconexos com um ser que deve por obrigação reproduzir discursos e atitudes que corroborem por respeito, direitos, espaços iguais… Não é a primeira vez que aqui em Recife artistas e arteiros em suas diversas magnitudes são escoltados por uma legião de outros seres que se opõem, escondem, camuflam esses comportamentos/pesamentos retrógrados e escrotos. E isso acontece na cena do rap, do hip hop, do coco, do samba, do brega, do rock, do cinema, do teatro, da dança… E não é fácil tenta expor e desconstruir isso em um espaço onde a maioria fecha os olhos pra isso e prefere taxa-la como louca ou mentirosa. Enfim, são infinidade de espaços que deveriam conter pessoas que lutassem e explanassem e que de fato fossem suas ideias que por conseguinte deveriam ser justas e coerentes pra um espaço de igualdade independente de gênero ou de qualquer outra coisa que as pessoas gostam de usar pra segregar mesmo. Tá cheio de homem como esse ai que se esconde em sua própria arte pra agir violentamente, transtornadamente, escrotamente, e saindo pela tangente sorrateiramente, dando xau e dizendo que esse é o preço que a sociedade tem pagar por ter um “artista” que faz arte só como ele faz. E tem mais uma leva de gente sebosa que sustenta as ideias tortas destes seres repugnantes “pela arte”. Se depender de mim, todos esses macholento, sendo quem for não vai ter mais espaço, meus olhos nem pra sua arte e nem pro resto de sua cagada de vida.

Um beijo pra quem entendeu e um beijo “pas travesti” !!!