Como o silenciamento e a omissão sobre o caso de agressão no Som na Rural vulnerabilizam e fragilizam potências solitárias.

Aprendi com Maria Clara Araújo: “Vou fazer um post”. E este fala sobre como silenciamento e a omissão vulnerabilizam e fragilizam potências solitárias.

regplO que aconteceu: hoje, no Lesbian Bar, o macho transtornado citado nas cartas de Priscila Souza e das suas amigas agredidas apareceu. E no mesmo local estavam também as pessoas agredidas por este. O ke aconteceu mais uma vez: negligenciamento que leva a fuga das agredias.

Hoje, mais uma vez saio cabisbaixa e acuada de um espaço na cidade de Recife.

Mas poderia ser diferente, eu sei que poderia.

Mas parece que o que se espera é uma reação das agredidas: aquelas mais fragilizadas pela situação. Essas mesmas acusadas de serem responsáveis pela evasão em diversos espaços… histéricas, barraqueiras, descontroladas.

Estas evadiram mais uma vez. Evadiram por não se sentirem mais uma vez seguras. Por falta de confiança em si, em primeiro lugar – para que não passemos a outxs a culpa, para que não esqueçamos a ação direta – e nas figuras que compõem a cena. E aqui peço perdão a ao bonde formado naquela noite.
As bixas unidas hão de te ter força.

Mas naquela noite, em ke Socrates Alexandre fazia a portaria, Ana Giselle comandaria a pista de dança, as irmãs Caio e Pethrus chegavam, Igor falava sobre nosso bonde; naquela noite, isso não foi suficiente para assegurar a integridade de pessoas agredidas e expostas naquele ambiente.

Até quando? Até quando teremos de abrir mão das nossas possibilidades de subsistência? Até quando teremos de fugir?
Não pergunte o que teria acontecido se as barraqueiras agredidas tivessem permanecido. Estamos cansadas de acabar com a festa, de causar barraco, de ter as portas fechadas. E por mais que nenhum espaço seja seguro (as pessoas que constroem o espaço é que fazem sua segurança) gostaríamos de continuar contando com possibilidades de existir sem estar em risco, como fazem nossas irmãs nas esquinas das avenidas nas madrugadas.

Nada muda. Agressão, denúncia, silenciamento, omissão e evasão de dissidentes à solidão.

Evadimos sozinhas para a solidão.

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